Greve Jirau




Governo federal Dilma Rousseff (PT) e do estado de Rondônia Confúcio Moura (PMDB) acionam polícias federal e militar para reprimir trabalhadores das usinas de Jirau e Santo Antônio que estão sujeitos a baixos salários, péssimas condições de trabalho, alojamentos inadequados, pressão e humilhações das chefias, acidentes de trabalho frequentes, serviço forçado debaixo de chuvas e todo tipo de abusos. Tiros e bombas foram lançados contra os operários em greve.

Reprimem também a manifestação em frente ao TRT-RO – Rua Almirante Barroso, 600, em Porto Velho, realizada pelos operários que foram abandonados no canteiro de obras de Jirau pela WPG, sub-empreiteira do consórcio ESBR. Os operários da WPG estão sem receber salários desde setembro do ano passado e com as carteiras em aberto. O Consórcio ESBR (Energia Sustentável do Brasil S.A, Camargo Corrêa, GDF-Suez, WPG, bem como o Consórcio Santo Antônio (Odebrecht) entre outras, são beneficiados por essas autoridades, cujas campanhas eleitorais financiam. 

Mas a classe operária resiste e as greves explodem em várias outras obras. Cinco mil operários que trabalham na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, declararam greve geral na manhã de 29 de março. Eles reivindicam melhoria dos salários e condições de trabalho. Em Belo Monte, o clima de insatisfação também era generalizado e se agravou com a morte do operador de motosserra Francisco Orlando Rodrigo Lopes, atropelado por uma retroescavadeira na tarde de quarta-feira, 28/3. Desde o dia 8 de março, cerca de 8 mil trabalhadores estão em greve no complexo Termoelétrico do Pecém (Ceará), devido ao não cumprimento do acordo passado. Na segunda-feira, dia 26/3, a usina de Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, também teve as obras suspensas, por ação do Ministério Público Federal, devido a destruição e grave impactos que vai causar sobre os povos indígenas que habitam há séculos esta região.


COE da PM-RO, Força Nacional e PF reprimem operários 

COE da PM-RO, Força Nacional e PF reprimem operários

PF cerca prédio do TRT para reprimir operários que estão sem receber salários há 6 meses

PF cerca prédio do TRT para reprimir operários que estão sem receber salários há 6 meses

Camargo Corrêa esconde acidentes, como o deste operário sinaleiro esmagado pelo guincho

Camargo Corrêa esconde acidentes, como o deste operário sinaleiro esmagado pelo guincho


O governo de Rondônia, seguindo ordens das empreiteiras, quer que tropas do Exército ocupem os canteiros de obras das usinas de Santo Antônio e Jirau para reprimir os operários e pôr fim a greve sem o atendimento das suas justas reivindicações e com corte dos dias parados. Tropas da Polícia Militar e a Força Nacional além da Polícia Federal já estão nos dois locais, mas para o governo só o Exército agora seria capaz de “restabelecer a ordem”, disse o reacionário secretário de segurança do Estado, Marcelo Nascimento Bessa. Esse capitão do mato das empreiteiras falou por telefone ontem com o ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho, que disse estar “convencido da necessidade do Exército nas obras”, conforme publicado na imprensa. Esse mesmo Gilberto Carvalho, que agora quer reprimir com os operários com tropas do Exercito, é o mesmo que à serviço das empreiteiras articulou reuniões tripartites com as pelegas centrais sindicais e compactuou com a demissão sem pagamento dos direitos de milhares de trabalhadores de Jirau, no ano passado.
O governo e empreiteiras querem transformar os canteiros de obras do PAC, particularmente as obras das usinas hidrelétricas, em penitenciárias federais. Alguns trabalhadores da usina de Jirau foram levados para delegacia da polícia civil e coagidos a assinar demissões por justa causa.
No dia 29/3, um grande contingente de efetivos da COE (companhia de operações especiais da PM-RO), Força Nacional e PF, portando armas e bombas, ocuparam a área do canteiro de obras da Usina Hidreletrica de Jirau e invadiram a UHE de Santo Antonio disparando tiros e bombas contra os operários. Os operários realizaram protestos contra a atitude da Construtoras Camargo Corrêa/ESBR e Odebrecht/CSAC de forçar a volta ao trabalho com repressão policial-militar e divulgação de ameaças de corte dos dias parados. Os protestos não contam com a adesão do sindicato e são liderados pela própria massa operária.
Também armados de escopetas e sub-metralhadoras, agentes da PF e policiais militares fazem cerco do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Rondônia, desde a manhã de terça-feira, dia 27/3, para impedir a entrada no local de um grupo de trabalhadores da empresa WPG. Os trabalhadores estão em frente ao prédio, há quatro dias, e continuam se manifestando no local, com carro de som, faixas, cartazes e distribuindo panfletos onde narram as dificuldades que estão sofrendo e a ocorrência de gravíssimos acidentes de trabalho em Jirau.
Nas faixas e cartazes os trabalhadores exigem providências e denunciam:
“Fomos abandonados na UHE Jirau em outubro de 2011, estamos sem salários!”,
“Conforme contrato 126/2010, a Energia Sustentável do Brasil é responsável por todas as verbas trabalhistas. EXIGIMOS NOSSOS DIREITOS”,
“Onde está seu lado social ESBR que abandona contratados dentro da UHE Jirau!”, “Estamos vivendo e convivendo com desrespeito aos nossos direitos!”.
Estes trabalhadores estão sem receber os salários ou qualquer outro direito e com as carteiras em aberto desde setembro de 2011, quando foram abandonados dentro da área de supressão vegetal (desmatamento) da usina hidrelétrica de Jirau, pelo dono da WPG (terceirizada do consórcio ESBR – Energia Sustentável do Brasil), Júlio Cesar Schmitt, que sumiu sem pagar os direitos trabalhistas e deixou mais de 5 milhões de dividas no comércio local. Enquanto a “Força Nacional”, PF e PM são usadas para reprimir os trabalhadores, o dono da WPG, o “gato” Júlio Cesar Schimitt, que fugiu de Jirau, agora está tranqüilamente na usina de Belo Monte, onde montou nova empresa no nome do cunhado, para servir aos interesses das construtoras e causar mais desfalques aos operários. Acidentes de trabalho vitimam os operários, como a morte, no último dia 28/3, do operador de motosserra, Francisco Orlando Rodrigo Lopes, atropelado por uma retroescavadeira, em Belo Monte, durante trabalho de desmatamento.

ESBR tem que ser responsabilizada pelo pagamento da mão-de-obra terceirizada

O Contrato Jirau 126/10, entre a Energia Sustentável do Brasil S.A. como contratante e a WPG Construções e Empreendimentos Ltda., como contratada de prestação de serviços de corte de vegetação nas áreas 1D e 1E, localizadas na margem direita do Rio Madeira, estipula a execução de serviços de mobilização, construção de acessos, manutenção de canteiro e corte (incluídos todos serviços de supressão da vegetação: derrubada, locação, traçamento, limpeza, classificação, empilhamento, estocagem e transporte de toda madeira dentro da área de supressão, além de outros serviços necessários); além de prever a possibilidade da WPG fazer sub-contratações. Pelo contrato e de acordo com a legislação vigente, a ESBR é responsável pela mão-de-obra terceirizada em suas dependências perante reclamações trabalhistas.
Os trabalhadores exigem solução e dizem que suas famílias passam muitas dificuldades. Eles estão hospedados no Hotel Guajará – Rua Miguel Chakian, 1468 e recebem alimentação no no Restaurante da Branca – Rua Dom Pedro II, 2880 – próximos à Rodoviária, no centro de Porto Velho. Por força de decisão judicial o STICCERO – Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Estado de Rondônia – custeia a hospedagem provisória e a alimentação, que segundo os trabalhadores, é bastante precária. Os operários abandonados da ESBR exigem decisão rápida da justiça, e denunciam que passam dificuldades sem o pagamento dos direitos trabalhistas e que não podem conseguir novo emprego pois quem vai admitir funcionários com suas carteiras de trabalho em aberto?

ESBR e Camargo Corrêa mentem e escondem acidentes de trabalho em Jirau

No informativo interno da UHE Jirau – “Jirau em Ação” – de janeiro/2012, foi divulgado que “Jirau atingiu a marca de 10 milhões de horas trabalhadas sem acidentes com afastamento”. Os operários denunciam que isso é mentira, pois há relatos de constantes e graves acidentes e até mesmo mortes em Jirau, só que esses acidentes, mortes e assassinatos, são escondidos devido ao poder econômico da ESBR, Camargo Corrêa e outras.
As precárias e perigosas condições de trabalho já provocaram vários acidentes com mortes. A prepotência da policia presente nos canteiros de obras e das chefias, somada ao acelerado e desgastante ritmo de trabalho, falta de medidas coletivas de segurança, péssimas condições dos EPIs, entre outros fatores, é ingrediente para a ocorrência de novos acidentes, verdadeiros crimes premeditados cometidos pela patronal.

Reivindicar direitos não pode ser caso de polícia

É inaceitável a politica do governo federal, Dilma Rousseff, e do governo estadual, Confúcio Moura, de tratar com repressão policial as justas reivindicações trabalhistas dos operários abandonados da WPG e dos operários grevistas da ESBR, CSAC, Suez, Camargo Corrêa, Odebrecht e Enesa. A exemplo do ano passado, o governo Dilma (PT) atendeu o pedido das empresas e do governador Confúcio Moura (PMDB) e enviou tropa da Força Nacional, policia Federal e Abin para reprimir os trabalhadores. Nenhuma autoridade do governo federal ou estadual procurou atender os justos reclamos operários.

Cadeia para quem prejudica os trabalhadores e rouba dinheiro público

Estas obras, palco de diversas irregularidades, são financiadas com dinheiro público, dos próprios trabalhadores, através do BNDES com recursos subtraídos do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e FAT – Fundo de Amparo do Trabalhador. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontava que dos R$ 8,7 bilhões previstos para a construção de Jirau, R$ 7,2 bilhões – 63% do custo total – vieram do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já em Santo Antônio, o custo estimado era de R$ 9,5 bi, sendo R$ 6,1 provenientes de recursos públicos. Só que as empresas alegaram elevação de custos e obra de Jirau já atinge R$ 13 bilhões e na de Santo Antônio R$ 15 bilhões, como sempre, recebendo dos políticos adicional no financiamento do BNDES.
É inaceitável o conluio do governo federal e estadual com essas empresas de grande poderio econômico que por sua vez são grandes financiadoras das campanhas eleitorais desses políticos de turno. A Camargo Corrêa figura como a maior doadora da campanha presidencial de Dilma Rousseff, segundo dados divulgados publicamente, sem falar na “caixinha” de propinas que funciona nos bastidores.
Contra as empresas envolvidas com a construção das usinas hidrelétricas pesam ainda uma série de denúncias de superfaturamento, doação de dinheiro a políticos graúdos de Rondônia e de Brasília, conexão promíscua com fortes grupos estrangeiros, etc.
É inaceitável também a submissão e conluio da justiça do trabalho com esses grandes grupos econômicos, notadamente a transnacional francesa GDF Suez, principal acionista do consórcio ESBR, que impõem brutal exploração sobre seus trabalhadores, regime de verdadeira escravidão através das abusivas e lesivas terceirizações dos serviços e todo um caos social na região de implantação da usina de Jirau, com desalojamentos de ribeirinhos, desastres sociais, ambientais e trabalhistas. As ditas instituições “democráticas” do regime não tardaram a demonstrar para quem trabalham. A Justiça do Trabalho, através do Desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, emitiu, no inicio da paralisação, uma liminar declarando a greve ilegal e determinando o retorno dos trabalhadores ao serviço.
Na audiência em que proferiu sua decisão o Desembargador se voltou à Bíblia para falar de “reconciliação”. Na sequência, mostrando a real “reconciliação” que defende, responsabilizou os trabalhadores pela greve, os quais teriam agido de um “modo reprovável” que causaria “insegurança e medo na classe trabalhadora”. Ainda, como fundamento para a sua decisão, o Desembargador evocou o “interesse público” (sic!) e instituiu multas.

Operários lutam e pelegos da CUT traem os trabalhadores

Os operários, por sua vez, não têm se deixado intimidar e em diversas assembléias, mesmo com toda repressão e todas manobras feitas pela diretoria pelega do Sticcero e da Conticom (entidades sindicais filiadas a governista CUT), mantem a greve há mais de vinte dias. O empenho dos pelegos em acabar com a greve é tão grande que há dias articularam a realização de votação secreta para decidir sobre o fim da paralisação, com o intuito de aplicar o método usual da CUT de troca disfarçada de urnas, para impor o fim da paralisação. Desde o inicio da greve, os pelegos do STICCERO (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia), estão incomodados com a paralisação. Em entrevista a imprensa, dia 8/3/2012, o vice-presidente do STICCERO, Altair Donizete, condenava o movimento grevista como sendo atitude tomada por pequeno número de manifestantes: “Se seguirmos esta tendência, não seremos bem recebidos pela justiça e pelos empresários. Ficaremos sem moral para podermos negociar, isto será ruim para o sindicato negociar com as partes desta maneira”. (http://www.rondoniaovivo.com/noticias/paralisacao-uhe-jirau-vice-presidente-do-stticero-explica-sobre-manifestacao-e-negociacao/85449).

Já outros dirigentes da CUT e o presidente da Conticom (Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira) Cláudio Gomes, junto com o Sticcero fizeram inúmeras reuniões com os consórcios das duas usinas e com o Ministério do Trabalho para buscar acabar com a greve. Ele reclama do grau de organização, de lideranças independentes dos trabalhadores e da rejeição a politica conciliadora da CUT. Em matéria na página da central governista, Cláudio Gomes declara: “É perceptível que há uma maioria que quer retornar ao trabalho, mas esse grupo minoritário é extremamente barulhento e agressivo com quem deseja trabalhar. O que observamos durante todo o processo é que as decisões têm motivação política e uma orientação externa. Isso preocupa porque compete com a legitimidade do sindicato de fazer a representação dos operários. Esses organismos que estão lá dentro e não são entidades sindicais negam e combatem o papel de conduzirmos corretamente o processo de negociação”. (http://www.cut.org.br/destaques/21884/em-jirau-operarios-da-enesa-decidem-voltar-ao-trabalho)

A luta operária trata de desmascarar as demagogias e enrolação do Sticcero – Conticom – CUT e as reuniões do ministro Gilberto Carvalho com empresários e os pelegos das centrais sindicais realizadas desde a revolta operária de março/abril do ano passado. Faliu a comissão tripartite criada por eles com o compromisso de melhorar as condições de trabalho. Não vale de nada o pomposo “Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção”, assinado em festiva solenidade, no último dia 1º de março, pela gerente de plantão Dilma Rousseff, empresários e pelegos das centrais sindicais. O que os operários sentem na pele como medida concreta é a repressão desencadeada pela chamada “força de segurança nacional” e a polícia federal que atuam juntos com a policia militar do governo de Rondônia na abjeta repressão aos trabalhadores.
A determinação e coragem dos operários da WPG, e das UHEs de Jirau e Santo Antônio, são fonte de inspiração e merecem a admiração de todos os que lutam contra as injustiças sociais e a solidariedade torna-se imperiosa em um momento de recrudescimento do fascismo e repressão policial contra os trabalhadores e movimentos sociais.

Usinas causam caos trabalhista, social e ambiental em Rondônia

As obras provocam sérios problemas à comunidade. O distrito de Jaci-Paraná, a cerca de 110 km da capital Porto Velho, é exemplo muito claro disso. Localizada ao lado de Jirau, a população viu o número de habitantes crescer de 4 mil para 16 mil pessoas, desde a instalação da usina, em 2008. Junto, também surgiram problemas recorrentes das grandes metrópoles, como falta de saneamento básico, a piora na saúde e segurança pública, especulação imobiliária. Com o complexo hidrelétrico, além dos bares e prostíbulos, as vias também viram surgir o tráfico de drogas.
O processo de reassentamento da população atingida pelas obras de Jirau intensificou o inchaço de Jaci-Paraná. Muitos não foram indenizados e quem não foi instalado em Nova Mutum não conseguiu valor suficiente para comprar uma casa em Porto Velho e precisou ficar em Jaci.
A construção de Jirau e de Santo Antônio não foi discutida com a sociedade e sim imposta de forma truculenta. Além do massacre sobre os operários, povos indígenas, população ribeirinha, mais de 10 mil pessoas serão atingidas pelas obras. Nem governo federal, nem os consórcios divulgam o número de famílias afetadas, e o número de pessoas indenizadas é pequeno além dos valores das indenizações serem muito baixos.
No final de janeiro de 2012, a abertura das quatro comportas da UHE Santo Antônio provocou grande banzeiro no rio, desbarrancando parte do histórico Bairro Triângulo, forçando dezenas de famílias a deixarem suas casas e irem para hotéis – verdadeiros campos de concentração -, sem perspectiva e garantia de novas moradias.
Na revolta dos operários em Rondônia nos meses de março/abril do ano passado – destruição do canteiro de obras em Jirau e a paralisação dos trabalhos em Santo Antônio – foram escancaradas as péssimas condições de trabalho, humilhações e todo tipo de descumprimento dos direitos trabalhistas. Gravíssimos acidentes de trabalho causados pelas inseguras e péssimas condições de trabalho, jornadas exaustivas, trabalho noturno, falta de EPIs de qualidade e de medidas de proteção coletiva, ordem para os operários trabalharem debaixo de chuva causam mortes e diversas doenças ocupacionais. Até trabalho escravo foi encontrado em obra ligada à Usina Hidrelétrica (UHE) de Jirau, quando 38 pessoas aliciadas pela sub-empreiteira BS, foram libertadas de condição análoga à escravidão. Esses trabalhadores, tal qual os da WPG, foram aliciados por intermediários em regiões distantes, que prometeram altos salários e jogados no canteiro de obras para serem superexplorados. Além dos calotes nos operários, os auditores fiscais do TEM já apontaram inúmeras infrações trabalhistas nas Usinas de Jirau e de Santo Antônio; porém que nunca foram solucionadas.
Nestes dias, o calote de seis meses nos trabalhadores da WPG, as novas paralisações dos trabalhadores em Jirau e Santo Antônio, indicam que a escravidão continua e as empreiteiras gozam de total impunidade.
Crimes ambientais, como desmatamentos ilegais às margens do rio e a mortandade de peixes nos reservatórios das usinas de Santo Antônio e Jirau e no rio Jaci-Paraná, estão colocando em risco a fonte de alimentação e a geração de renda dos pescadores tradicionais, além da vida de povos indígenas. Foram encontrados vestígios de povos indígenas que viviam próximos da área ocupada pela usina de Jirau e que tiveram que se deslocar para muito mais longe, após as explosões e alagamentos.
Já os ribeirinhos expulsos, realocados ou não em agrovilas, continuam sem receber pela terra que ocupavam e sem perspectiva de vida nos reassentamentos, uma vez que muitas casas já se encontram rachadas e não há espaços para plantios.
Para expor e discutir as graves violações dos direitos humanos e trabalhistas nas usinas do Rio Madeira será realizada uma audiência pública organizada por várias entidades. A audiência será realizada dia 30/03, às 9 horas, no auditório da Igreja Catedral, em Porto Velho.

Exigimos a garantia de todos direitos trabalhistas dos operários abandonados da WPG-ESBR!
Todo apoio a justa greve dos operários da UEHs de Jirau e Santo Antônio!
Exigimos o atendimento de todas reivindicações dos operários manifestantes e grevistas!
Abaixo a repressão policial-militar e o caos social promovida pelos consórcios ESBR – CSAC!
Viva as rebeliões operárias e as lutas classistas e combativas!




FONTE: Liga Operária

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